Trata-se de um roteiro literário pelas terras e gentes de Portugal, sendo que cada um dos 25 painéis expostos recolhe excertos de livros de escritores em cujas obras são feitas referências a lugares e pessoas, que povoam o espaço das antigas províncias portuguesas. Sendo a literatura é uma outra forma de paisagem, nem por isso a geografia verdadeira lhe é indiferente. Muitos dos autores nacionais escreveram sobre Portugal e recriaram nas suas obras, uma geografia literária tão colorida e variada como a outra.
São esses contrastes que a exposição “P
alavras da Terra” pretende relevar - por imagens e por palavras. Contrastes tão diversos como o Norte e o Sul, as terras altas e as terras baixas, o litoral e o interior, ou seja o retrato de Portugal que cada autor deixou: bucólico, sarcástico, nostálgico ou visionário.
A mostra apresenta poemas de Camilo Castelo Branco, Júlio Dinis, Pedro Homem de Melo e Guerra Junqueiro, relativos ao
Minho; Teixeira de Pascoaes, Trindade Coelho e Miguel Torga (T
rás-os-Montes); Ruben A., José Régio, António Nobre, Raul Brandão e Agustina Bessa-Luís (
Douro Litoral); João de Araújo Correia, Agustina Bessa-Luís e Eça de Queiroz (
Douro); Camilo Pessanha, João José Cochofel, Eça de Queiroz e Manuel Alegre (
Beira Litoral); Branquinho da Fonseca, Aquilino Ribeiro e Virgílio Ferreira (
Beira Interior); José Rodrigues Miguéis, Sebastião da Gama, Fernando Pessoa (Álvaro Campos) e David Mourão-Ferreira (
Estremadura); Almeida Garrett, Soeiro Pereira Gomes e Rebelo da Silva (
Ribatejo); Manuel da Fonseca, Fialho de Almeida, Florbela Espanca e Urbano Tavares Rodrigues (
Alentejo); Raul Brandão, Lídia Jorge, Manuel Teixeira Gomes e João Lúcio (
Algarve); João Brito Câmara, Edmundo Bettencourt e Helena Marques (
Madeira) e Antero de Quental, Vitorino Nemésio, Natália Correia e Cristóvão de Aguiar (
Açores).